Este fragmento de uma música do Chico Buarque não se reporta à droga, claro. No entanto, eu a utilizo aqui com esta particularidade. Apesar não só de você, mas de todos os sofrimentos e sequelas. Sequelas que ainda persistem; sentimentos que, mesmo sepultados, vez ou outra vem à tona. É assim mesmo. Comigo e com qualquer outro dependente químico é assim. Infelizmente, não posso mudar o que houve e o que provoquei, mas, como diz Chico Xavier, posso mudar daqui em diante. É esta uma das coisas que mais me conforta e me dá esperanças de dias melhoes.
Comparando minha realidade desde que saí da Fazenda da Paz (onde fiz meu tratamento) até hoje, muita coisa mudou em minha vida. Já disse aqui várias vezes que nada tenho a pedir a Deus, apenas agradecê-Lo por tudo o que me foi restituído. Procuro hoje ser uma pessoa melhor. Há muito por fazer, muitos defeitos de caráter para serem superados, emoções ruins para serem deixadas para traz. "Há um tempo de plantar e um de colher". Entre este plantar e colher, há de se ter paciência para a planta germinar, crescer, ser adubada, regada, podada, ... Ainda estou vendo minha plantinha germinando, frágil, perfurando a terra em busca de crescimento. Hoje é hora de cuidar dela, de sua fragilidade, de ter a paciência que trará a certeza de dias cada vez melhores.
Perfeito Jorge, você não pode mudar o seu passado, mas pode escolher viver o agora para fazer o seu futuro não é mesmo?
ResponderExcluirGostei da forma como fez o post e a ligação da música com a D.Química...
Abraços, q bom q voltou a postar!