sexta-feira, 24 de junho de 2011

Panfletagem

Amanhã, internos, voluntários e colaboradores da Fazenda da Paz estarão fazendo uma panfletagem sobre a Caminhada do dia 26 agora. O lema deste ano é “Esqueça o crack, lembre de você.”
É a terceira panfletagem da qual participarei. Acho  muito positiva a abordagem neste ano. Ela mostra que há possibilidades de uma vida sem drogas; de que devemos nos voltar para nós mesmos, resgatarmos nossa dignidade, nosso amor próprio, nossa fé e a esperança de achar, só por hoje, que ficaremos limpos pelo resto de nossas vidas.
Esquecer o crack não é apenas deixá-lo de lado, mas deixar toda uma vida de fracasso para trás, todas as mágoas e sofrimentos; esquecer o crack é ter fé em um novo futuro. Não vou dizer aqui que a reinserção seja algo fácil, pois estaria mentindo mas, com todas as suas dificuldades, é bem melhor do que a vida de angústias, medo, cadeia e morte que as drogas promovem, porque, ao final das contas, a sensação de prazer logo se esvai e fica o vazio e a certeza de dias ruins.
Hoje pela manhã, fui com meu filho ao escritório da Fazenda da Paz. Fomos lá para pegarmos uma camiseta da campanha para ele. Claro que a menor ainda ficou grande. Domingo agora estaremos nós dois na caminhada. Minha esposa terá viajado para o Rio e minha filha irá, pela manhã, com meu irmão, visitar minha irmã que mora em outra cidade. De modos que domingo faremos um programa pai e filho bem especial. Como ele vibrou com a camiseta. Esperemos até o domingo.

2 comentários:

  1. Que ótimo Jorge, é bom isso né, esse convívio familiar, esses programas entre pais e filhos, e o melhor ainda, você o está incentivando desde cedo a participar de programas sociais, isso não tem preço!
    Para você como pai e como um D.Q em recuperação, isso é mais do que especial, tenho certeza.
    Muita luz no seu caminho, poste para nós depois como foi, tenho certeza que será bem produiva para todos que participarem!

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  2. De fato, Giulliana.
    Percebo que a melhor coisa que posso deixar para meus filhos passa por educação, valores e exemplos.
    O Lucas, quando fui para o tratamento, tinha aproximadamente 1 ano. Ele não tinha noção do que acontecia. Ficava sem entender o porquê de me visitar já que eu deveria morar com ele, meio sem entender o porquê de ir embora e eu ficar lá.
    Claro que ao ter maior noção das coisas ele vai ter de saber da condição do pai, que é um dependente químico. Quero que desde cedo ele perceba que a dependência química é uma doença que, mesmo incurável, é possível conviver com ela dentro de padrões próximos à normalidade como também perceba o perigo das drogas. Esta lição ficou bem viva em minha filha, já que na época ela tinha noção do que ocorreu.
    Amanhã vou levá-lo para a panfletagem e domingo estaremos na caminhada.

    Um abraço.

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